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Surgimento da Terapia Ocupacional no exterior

História da Terapia Ocupacional no exterior

A Terapia Ocupacional surgiu em 15 de março de 1917, e teve seu reconhecimento durante a Primeira Guerra Mundial. Os soldados se encontravam feridos e a medicina lidava com o tratamento, mas não a reabilitação, isso gerou uma chamada imediata de voluntárias, as “auxiliares de reconstrução”. Enquanto as auxiliares de fisioterapia utilizavam de exercícios e massagens, as auxiliares da terapia ocupacional voltavam-se as instruções para o oficio. 

Gênese e formação


Na antiguidade, as pessoas portadoras de problemas mentais eram tratadas por meio de processos terapêuticos, com por exemplo, jogos, pois se defendia a aplicação do tempo em ocupações agradáveis. Na Idade Média, entretanto, todos aqueles que eram diferentes do padrão social eram segregados a casas de detenção. Nessas, não era pensado o tratar, mas a retirada daquelas pessoas da sociedade. Eram direcionados a esses locais todos que traziam ameaças de alguma forma, os maus pagadores, ladrões, as “namoradeiras” e etc., ali recebiam “cuidados” em condições sub-humanas.
Por volta dos anos de 1786, Philippe Pinel (1745-1826) deu início a uma série de reformas profundas no tratamento dos doentes mentais que estavam em asilos. Essa reforma trouxe a valorização da ocupação como forma de tratamento e a associação ao conceito de tratamento moral. Pinel prescrevia exercícios físicos e ocupações manuais como forma de terapia, e assim, com base em observações empíricas ou intuições, foi-se caminhando para o desabrochar daquilo que seria a futura profissão-Terapia Ocupacional.
“ O trabalho constante modifica a cadeia de pensamentos mórbidos, fixa as faculdades do entendimento, dando-lhes exercício e, por si só, mantem a ordem num agrupamento qualquer de alienados”        (Pinel)

Nos Estados Unidos, no início do século XX, a institucionalização da terapia ocupacional transcorreu de 1906 a 1938.

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Em 1915, Willian Rush Dunton-  psiquiatra, foi a primeira pessoa que lançou um manual de Terapia Ocupacional, que foi indicado para as enfermeiras. Em 15 de março de 1917, em Nova York, foi fundada a Sociedade Nacional de profissionais de Terapia Ocupacional, cujo um arquiteto, George Barton era o anfitrião do encontro. As visões dos fundadores, George Barton, Susan Johnson, Thomas B. Kidner, William Duntun e Eleanor Slagle, representavam uma gama de ideias e movimentos. Elas incluíram o tratamento ético, os movimentos das artes e ofícios, a ideologia da medicina cientifica, e as profissões das mulheres e a reforma social.

A profissão de Terapia Ocupacional era um produto do seu tempo, tais ideias e movimentos dos fundadores representavam a era progressista. Era refletido uma mistura de humanitarismo e perspectiva mecânica e cientifica da medicina. “Os deveres do terapeuta ocupacional são amplos e extensos, incluindo como eles executam artes e ofícios, serviços sociais, marcas e indústrias e humanidade”.

Referências Bibliográficas

  • SCHWARTZ, Kathleen. A história da terapia ocupacional. In: Willard & Spackman. Terapia ocupacional. 10° edição. Buenos Aires: Editora Panamericana, 2003. Cap 49, p. 796-805.

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